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Lançamento e Oficina I - relato 

    Texto por Laura Rydlewski e fotografia por Carolina Antunes


Inauguramos o curso “CriAtividade e Educação Ambiental”, no dia 02 de setembro de 2015.
Para abrir com chave de ouro, tivemos  uma apresentação musical de Márcio Sartório, integrante do grupo musical “Corda de Barro”, fundado em 2001 com a proposta de apresentar ao público elementos que elevem o papel da arte na educação ambiental.

A apresentação inspirou o restante da programação, que contou com uma breve exposição da estrutura do curso, feita pela Rachel Trovarelli, da Oca (ESALQ/USP), e com uma mesa redonda intitulada “O cardápio de aprendizagem como possibilidade para construção de escolas sustentáveis” composta por Karine Faleiros, da Iandé, Marcos Sorrentino, coordenador Oca (ESALQ/USP), e Raquel Ventura, diretora da Escola Municipal Francisco Correa.  

Karine nos falou um pouco sobre o processo de criação coletiva do material didático em forma de cardápio interativo “De Olho na Bacia”, que fez parte do projeto “Nós do Pisca” – cujo meio de atuação foi a Bacia do Ribeirão Piracicamirim (que envolve três municípios, sendo um deles Piracicaba). A construção do material durou 3 anos e resultou em um cardápio amplo, que pode ser utilizado por diversos tipos de educadores incluindo aqueles que, até então, não se consideravam educadores.

Esperança, Possibilidade, Conexões - foram essas as palavras que Karine escolheu para ilustrar o processo criativo do “De Olho na Bacia”, que nos inspira hoje para a realização do processo denominado “CriAtividade e Educação Ambiental”.

 

Foi com a brincadeira de que o CriAtividade “bebe na fonte” do De Olho na Bacia que Marcos Sorrentino começou sua fala, na qual levantou diversos questionamentos e provocações , dentre eles uma breve análise sobre a conjuntura atual, que aponta muito para a barbárie. No entanto, segundo ele, é inegável os avanços que estamos tendo nas questões de musicalidade, expressão, comunicação, conscientização e oportunidades de diálogo e trocas de experiência sobre a história e inquietações humanas.  Assim, a conjuntura pode e deve nos animar para olhar a diversidade de elementos existentes, os quais podem nos instrumentalizar para agir na busca de uma sociedade melhor, que enuncie nossos sonhos e utopias – que não tem uma “cara” definida.

Marcos ressaltou a importância de discutirmos a utopia que nos anima na construção deste cardápio de aprendizagem, de fomentar o diálogo entre protagonistas de iniciativas educacionais que conversam com a temática, buscando criar sinergia. Destacou também a importância de políticas públicas originadas de atores externos ao Estado (uma vez que este se encontra engessado). Assim podemos trilhar o caminho rumo à criação de novas realidades.

A Escola Francisco Correa, sob a diretoria de Raquel Ventura, participou do projeto Escolas Sustentáveis (ES) em 2011.  Quando receberam o convite pensaram: “O que vem a ser uma Escola Sustentável?  Será que vamos ter que plantar árvores no telhado para nos mostras sustentáveis?”  Porém perceberam que, para ser uma ES, teriam é que garantir o respeito do aluno com ele mesmo e o que o permeia, fugindo da ideia de que a  Educação Ambiental  é sinônimo de plantar árvores e fazer hortas.

A fala da Raquel foi muito inspiradora e motivou a todos que participaram do evento, afinal ela traz com simplicidade e profundidade a realidade cotidiana de uma escola periférica de Piracicaba.

No mesmo dia, no período da tarde realizamos a primeira oficina, na qual a temática central era Participação Social – provocada por Renato Morgado do Imaflora.  Após a fala de Renato, fizemos um Café Compartilha, para dialogarmos sobre a construção participativa do cardápio, nossas utopias e os métodos que podemos utilizar.

Dentre as coisas que surgiram desse momento, a vontade de criar intervenções e de envolver a arte no processo se mostraram latentes no grupo. Então combinamos de fazer um Sarau Artístico, visando exercitar o uso da arte em nossos encontros. Além de uma intervenção artística no Sarau, cada um ficou de buscar temas problematizadores que o motive em sua organização ou comunidade e que considera importante estar presente no material didático que está sendo co-criado.

 

Quer participar? O próximo encontro será na quinta, dia 17 de setembro, das 8h30 as 17h30min, no Sesc Piracicaba.

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